É sempre bom verificar que novos autores estão se dedicando ao estudo do Direito Militar e tendo a coragem de publicar suas posições. Até bem pouco tempo um ilustre desconhecido, o Direito Militar atualmente passa por um processo de aperfeiçoamento, por força da atenção que começa a ser dispendida pelas Escolas de ensino superior, seja pela oferta da disciplina em grade curricular (fato ainda incipiente), seja pelo crescente aumento dos cursos de pós graduação, seja pelo aparecimento de novos autores
Rodrigo Foureaux é um exemplo desta afirmação. Oficial da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, graduado em Direito é professor na Academia da PM mineira onde exerce suas funções, atualmente na Corregedoria, um dos órgãos vitais da Corporação.
Conforme disse o autor em sua apresentação, trata-se de um livro com 9 capítulos, dois anexos e a última parte na qual inseriu outros estudos correlatos à seara militar.
É fácil perceber que ele procurou abordar os mais diversificados entendimentos, em todos os capítulos, demonstrando a jurisprudência, a doutrina e a lei, deixando o leitor livre para se posicionar, de acordo com os argumentos que o convencerem, afinal de contas “Direito é convencimento” (esta é uma expressão que me agrada muito), pelo que Rodrigo prefere dizer que é difícil falar que um ou outro está correto, preferindo falar “entendemos” ou “esse posicionamento é o mais adequado ao caso”.
Percorrendo o livro verifica-se a intenção de aplicar a Constituição e os valores essenciais da dignidade da pessoa humana no âmbito militar, trazendo a visão de um Direito Militar constitucionalizado, de um Direito Constitucional Militar.